sábado, 22 de setembro de 2012

Só palavras...









Só palavras...


Hoje tive o prazer de reler este pequeno texto de Cora Coralina, tão lindo, tão verdadeiro... Compartilho com vocês.


 “Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe braço que envolve palavra que conforta silêncio que respeita alegria que contagia lágrima que corre olhar que acaricia desejo que sacia amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”



Palavras, não as quero mais, agora quero atitude, olhar no olho e deixar o coração falar o que sente deixar os sentidos se embriagar da presença do outro e viver o que tiver que ser...




Dryca, 2012.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Fome de amar.







Fome de amar.



Sonhei com você

Sonhei que teus lábios tocavam os meus num carinho sem fim

Sonhei que tua língua invadia minha boca e fazia moradia em mim

Sonhei que teus braços envolviam meu corpo num desejo insano

Sonhei que meu corpo respondia  num ritmo profano

Sonhei que tu me beijavas inteira

Sonhei que na tua cama eu era uma mulher verdadeira

Sonhei com o calor da tua pele

Sonhei e nesse sonho eu era pluma leve


Acordei e te busquei ao meu lado, uma lágrima rolou no meu rosto, pois você não foi encontrado.


Meu corpo clama por ti...

Dryca, 2012.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Brinquedo







Brinquedo


Todo mundo já teve um brinquedo, por mais pobre que tenha sido na vida, já brincou com algo ou alguém. Não me refiro só aos brinquedos de lojas, caros, me refiro a todos os objetos utilizados para aguçar nossa fantasia, estimular nossa vida e satisfazer nossos desejos momentâneos.

Desejo momentâneo é assim que agimos com os brinquedos, em instantes de carência e vazio dos nossas fantasias os buscamos de forma ávida e divertida. Depois, cansados da farra lúdica, esquecemos-nos deles em cantos obscuros de nossa brinquedoteca.

Vem à correria da vida e nos leva a novos lugares, novos pensamentos, novas aventuras concretas ou não, e quem sabe novos brinquedos.

É assim o movimento cíclico da vida. E o brinquedo? Onde ficou? Como esta? O que aconteceu com ele?

A sensação de ter sido um brinquedo esquecido na vida de alguém é cruel...



Dryca, 2012.