Tempo
Outro dia, em um livro que estava lendo, encontrei a seguinte afirmação: “o primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo”. Pensei muito sobre essa frase, e um incomodo familiar tomou conta de mim. Preciso escrever a respeito, disse a mim mesma. É assim, sempre que algo me atinge de maneira peculiar, seja uma palavra, uma frase, um gesto, um olhar, ate mesmo o silêncio daqueles que me são sagrados. Não falo do silêncio acolhedor, do afago, do colo, do estar junto de mãos dadas. Não. Falo do frio e gélido silêncio de ignorar o outro, do não olhar, do não sentir, da verdadeira intenção de magoar, mesmo que inconsciente, se é que pode ser assim. Não sei.
Talvez seja hoje o dia de falar sobre esse assunto, esse tema que ecoa nos meus ouvidos, no meu pensamento, atinge e respinga nos meus gestos com todos que estão a minha volta. O silêncio incomoda, é triste, é necessário no dia de hoje para que eu possa ser clara, transparente comigo mesma, escrever sobre ele. O tempo.
Tempo e suas formas de cura, de solução. Quando algo nos acontece, de forma inesperada, mal conduzida, mal explicada, ficamos paralisados, postos numa armadura gessada que não nos deixa mover em direção aos acontecimentos, ou ate mesmo letárgico diante dos fatos que se sucedem. Pobre mal entendido, tudo provocado por um ciúme, uma ausência de palavras valiosas, por uma omissão de gestos ou de olhares fraternos. Talvez! O tempo, velho conselheiro, amigo das horas, das noites choradas na solidão do quarto, dos dias longos a espera do teu retorno, das projeções necessárias ao dia, necessidade de visualizar teu sorriso aberto, gostoso, quando somente então vejo uma estrada que nos separa. Travessia que não acontece. O silêncio que dói. Doido ao ponto de romper sorrisos que invalida noites calorosas regada a vinho, tardes de musica que complementam nossas alegrias infantis. Tudo tão lindo e necessário, vital aos nossos dias. Perdidos um mar de silencio que nos separa, segrega duas almas ao esgotamento do isolamento. Quem pode então ser amigo nessas horas se não o tempo? Aquele que vem na marcação exata traz consigo o alimento necessário, sábio, que diz: Calma! Não se pode pensar ou decidir algo tão importante diante de tanta impulsividade. Sem o tempo o que seriamos? Onde os sábios poderiam duvidar de seus pensamentos, em que momento? Só o tempo pode nos dar essa dádiva. Tempo traz sabedoria, dizem aqueles que reconhecem essa qualificação na história.
O que posso te dizer agora então? Que amo, só amando posso dizer que te perdôo pelo silencio, pelo teu não olhar, pelas tuas palavras, porque amando tuas qualidades e defeitos, podemos juntos construir algo real, longe da fantasia do “felizes para sempre”, pois te quero assim, como és. E sei, é recíproco. Então vem e me perdoa também, pois a felicidade nos aguarda no fogo das lenhas.
Dryca, 2009.
Outro dia, em um livro que estava lendo, encontrei a seguinte afirmação: “o primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo”. Pensei muito sobre essa frase, e um incomodo familiar tomou conta de mim. Preciso escrever a respeito, disse a mim mesma. É assim, sempre que algo me atinge de maneira peculiar, seja uma palavra, uma frase, um gesto, um olhar, ate mesmo o silêncio daqueles que me são sagrados. Não falo do silêncio acolhedor, do afago, do colo, do estar junto de mãos dadas. Não. Falo do frio e gélido silêncio de ignorar o outro, do não olhar, do não sentir, da verdadeira intenção de magoar, mesmo que inconsciente, se é que pode ser assim. Não sei.
Talvez seja hoje o dia de falar sobre esse assunto, esse tema que ecoa nos meus ouvidos, no meu pensamento, atinge e respinga nos meus gestos com todos que estão a minha volta. O silêncio incomoda, é triste, é necessário no dia de hoje para que eu possa ser clara, transparente comigo mesma, escrever sobre ele. O tempo.
Tempo e suas formas de cura, de solução. Quando algo nos acontece, de forma inesperada, mal conduzida, mal explicada, ficamos paralisados, postos numa armadura gessada que não nos deixa mover em direção aos acontecimentos, ou ate mesmo letárgico diante dos fatos que se sucedem. Pobre mal entendido, tudo provocado por um ciúme, uma ausência de palavras valiosas, por uma omissão de gestos ou de olhares fraternos. Talvez! O tempo, velho conselheiro, amigo das horas, das noites choradas na solidão do quarto, dos dias longos a espera do teu retorno, das projeções necessárias ao dia, necessidade de visualizar teu sorriso aberto, gostoso, quando somente então vejo uma estrada que nos separa. Travessia que não acontece. O silêncio que dói. Doido ao ponto de romper sorrisos que invalida noites calorosas regada a vinho, tardes de musica que complementam nossas alegrias infantis. Tudo tão lindo e necessário, vital aos nossos dias. Perdidos um mar de silencio que nos separa, segrega duas almas ao esgotamento do isolamento. Quem pode então ser amigo nessas horas se não o tempo? Aquele que vem na marcação exata traz consigo o alimento necessário, sábio, que diz: Calma! Não se pode pensar ou decidir algo tão importante diante de tanta impulsividade. Sem o tempo o que seriamos? Onde os sábios poderiam duvidar de seus pensamentos, em que momento? Só o tempo pode nos dar essa dádiva. Tempo traz sabedoria, dizem aqueles que reconhecem essa qualificação na história.
O que posso te dizer agora então? Que amo, só amando posso dizer que te perdôo pelo silencio, pelo teu não olhar, pelas tuas palavras, porque amando tuas qualidades e defeitos, podemos juntos construir algo real, longe da fantasia do “felizes para sempre”, pois te quero assim, como és. E sei, é recíproco. Então vem e me perdoa também, pois a felicidade nos aguarda no fogo das lenhas.
Dryca, 2009.
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