domingo, 26 de fevereiro de 2012

Armas



Armas

Com quantas armas se faz uma guerra? Quantos tiros são disparados num embate? Quantos corpos ao chão foram deixados ao longo dessa vida... Vivos ou mortos e quantos conquistados?

Uma vida inteira dedicada a tomar posse daquele que não se possui...
Sentimentos insólitos diante do sangue que jorra. Sim, meu sangue. E você ainda não percebeu que quem primeiro abriu o ferimento fui eu. Antes do seu primeiro tiro, o alvo já não era mais meu. Entrega.

E agora ele sangra, pulsa e queima, se derrama por vias antes não trilhadas... Sucumbe ao lume dos teus olhos, se é que eu poderia vê. Anseia por tua presença, grita na tua ausência... Até quando esperar por tua posse... Um tiro de misericórdia preciso.

Se pelo menos tua boca pudesse selar meus lábios e anseios... Se pelo menos teus braços pudesse segurar esse meu desejo insano de ti possuir... Se pelo menos pudesse sentir o teu cheiro agora, e calar o calafrio de sonhos que transpira na minha pele... Se pelo menos tua presença invadisse entre minhas pernas... Compreenderia o perfume das rosas da canção que me embala.

Leve-me ao paraíso, eu grito!

Só você ainda não viu que essa guerra eu pedi ou ganhei lá atrás.

Dryca, 2012

2 comentários:

  1. Com quantas armas eu nao sei, mas é so preciso de uma rosa, ou umas duzias delas, para tomar posse do que nao é meu, ou agradar o que é meu.
    Sendo que na verdade ninguem é dono de ninguem nesse mundo de rosas.

    Mas a sempre um lugar na cidade do paraiso

    Gostei da homenagem rsrsrsrsrs

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