domingo, 23 de dezembro de 2012

She wolf







Loba 

Um tiro no escuro
Um passado perdido no espaço
Por onde começo?
O passado e a perseguição?
Você me perseguiu
Como um lobo, um predador
Senti-me como um cervo nas luzes do amor

Você me amou e eu congelei no tempo
Faminto por aquela carne minha
Mas não posso competir com uma loba
Que me pôs de joelhos
O que você vê naqueles olhos amarelos
Porque eu estou me despedaçando

Estou me despedaçando
Me despedaçando
Estou me despedaçando
Me despedaçando

Ela ficou esperando para atacar
Ou eu era a isca para atrair você?
A excitação de ter matado
Que você sente é um pecado
Deitei-me com os lobos
Sozinha, é o que parece
Pensei que eu fosse parte de você

Você me amou e eu congelei no tempo
Faminto por aquela carne minha
Mas não posso competir com uma loba
Que me pôs de joelhos
O que você vê naqueles olhos amarelos
Porque eu estou me despedaçando

Estou me despedaçando
Me despedaçando
Estou me despedaçando
Me despedaçando

David Guetta...


Tudo isso é muito EU.....

Dryca, 2012.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Agonia










Agonia



Às vezes eu me sinto só, perdida no meio das palavras, embalada no meio dos versos de uma música que me leva de mim...


Nos devaneios loucos de uma mente angustiada eu busco abrigo e aconchego nos sentimentos perdidos de um coração sozinho...


Corro no meio da floresta onde nua, me sinto vestida de sonhos, selvagem em essência, segura de mim mesma...



Embora tudo seja simplesmente, um nada.




Dryca, 2012.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Esperando a morte...




Esperando a morte...


A morte pode ser inevitável
Mais as vezes pode ser libertadora
A cura já não habita seu mundo
Nada resta, só a dor ficou ...

O poeta um dia disse e por mais lindas que sejam as palavras, a dor contida nos versos, é o aviso que muitas vezes um coração fascinado não quer vê....



"Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos.
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés"



Dryca, 2012.


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Insólito








Insólito mundo interno
Devastado por uma sombra viajante
Viraste pó na estrada da vida
Num sopro de sonho lindo e apaixonante


Traída por tuas aventuras
Buscaste mais que devias
Roubaste a cena e o cenário que tinhas
E agora no escuro suspiras.



Dryca, 2012.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mergulho







Mergulho



Diante do desconhecido eu mergulhei, sem medo, sem reservas, sem amarras. No profundo mar escuro, de uma calma sedutora, uma temperatura inebriante e uma rebeldia fascinante, me joguei, dei cambalhotas, saltos mortais, contigo era só aconchego e nada me importava.

Não via você, só tua alma enxergava e era por ela que eu me apaixonava. Deixei a porta aberta, aonde você vinha e brincava. O terreno era meu, as regras eram suas e a gente se adaptava.

Ate que tudo mudou...

Outras pessoas, outros momentos, umas vindo e indo, outras oficialmente ficando e a magia e o perfume das águas sumindo... Ainda sinto o fascínio das noites, pois elas se enraizaram em mim, a música ainda embala meus sonhos e eu me pergunto por quê...




Dryca, 2012.

domingo, 4 de novembro de 2012

Eu gosto sim...




"Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder
Deixo assim ficar subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça e não
Tem a menor pretensão de acontecer
Eu acho tão bonito isso
Ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça e não
Tem a menor obrigação de convencer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu viver
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho o que eu perco ninguém precisa saber
Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder
Deixo assim ficar subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça e não
Tem a menor obrigação de convencer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu viver
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho o que eu perco
Ninguém precisa saber"


Simples assim, eu não sei dizer mais já disseram por mim....... ponto.

Dryca, 2012.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Meu pranto





Meu pranto



No dia que o peso apoderar-se dos teus ombros, e tropeçares, que a argila dance, para equilibrar-te!

E, quando teus olhos congelarem, por trás da janela cinzenta,

E o fantasma da perda chegar a ti... 

Que um bando de cores, índigo, vermelho, verde

E azul celeste, venha despertar em ti,

Uma brisa de alegria.


Quando a vela se apagar no barquinho do pensamento,

e uma sensação de escuro estiver sobre ti,

que surja para ti, uma trilha de luar amarelo,

para levar-te a salva pra casa.


Que o alimento da terra seja teu!

Que a claridade da luz te ilumine!

Que a fluidez do oceano te inunde!

Que a proteção dos antepassados,

esteja com você!


E assim... 

Autor desconhecido.



Dryca, 2012.

sábado, 27 de outubro de 2012

Alguém








Alguém


Alguém me levou de mim
Alguém que eu não sei dizer
Alguém me levou daqui.

Alguém, esse nome estranho,
Alguém que eu não vi chegar
Alguém que eu não vi partir

Alguém, que se alguém encontrar,
Recomende que me devolva a mim.


Palavras de uma amigo....



Mais que dizem o que sinto hoje, as lágrimas que choro hoje, a dor que sinto hoje.... Porque aconteceu eu não sei, se esse é o fim eu também não sei, só sei que o muro construido foi tão grande que não consigo gritar, não consigo sair, não consigo te alcançar.......

Essa tortura velada parece uma morte silenciosa e anunciada lá trás, um veneno solto no ar que me atingiu em cheio, quando as palavras de uma serpente disse: O ... é da ....rinha.



Dryca, 2012.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sangue





Nesses dias que uma imensa sombra paira sobre mim, e as lágrimas insistem em habitar no meu rosto, não tenho conseguido dizer o que sinto, um misto de emoções vivem em mim de forma furiosa, compulsiva e avassaladora... Ouso em citar o poeta que tanto amo e me traduz em momentos assim de  silencio necessário... Ouvindo o poeta me encontro e me significo, em suas palavras significantes em mim. Alguém me roubou de mim... Estou em uma viagem a procura dos meus olhos e da minha alma.

"Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor"

Dryca, 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

Só palavras...









Só palavras...


Hoje tive o prazer de reler este pequeno texto de Cora Coralina, tão lindo, tão verdadeiro... Compartilho com vocês.


 “Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe braço que envolve palavra que conforta silêncio que respeita alegria que contagia lágrima que corre olhar que acaricia desejo que sacia amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”



Palavras, não as quero mais, agora quero atitude, olhar no olho e deixar o coração falar o que sente deixar os sentidos se embriagar da presença do outro e viver o que tiver que ser...




Dryca, 2012.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Fome de amar.







Fome de amar.



Sonhei com você

Sonhei que teus lábios tocavam os meus num carinho sem fim

Sonhei que tua língua invadia minha boca e fazia moradia em mim

Sonhei que teus braços envolviam meu corpo num desejo insano

Sonhei que meu corpo respondia  num ritmo profano

Sonhei que tu me beijavas inteira

Sonhei que na tua cama eu era uma mulher verdadeira

Sonhei com o calor da tua pele

Sonhei e nesse sonho eu era pluma leve


Acordei e te busquei ao meu lado, uma lágrima rolou no meu rosto, pois você não foi encontrado.


Meu corpo clama por ti...

Dryca, 2012.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Brinquedo







Brinquedo


Todo mundo já teve um brinquedo, por mais pobre que tenha sido na vida, já brincou com algo ou alguém. Não me refiro só aos brinquedos de lojas, caros, me refiro a todos os objetos utilizados para aguçar nossa fantasia, estimular nossa vida e satisfazer nossos desejos momentâneos.

Desejo momentâneo é assim que agimos com os brinquedos, em instantes de carência e vazio dos nossas fantasias os buscamos de forma ávida e divertida. Depois, cansados da farra lúdica, esquecemos-nos deles em cantos obscuros de nossa brinquedoteca.

Vem à correria da vida e nos leva a novos lugares, novos pensamentos, novas aventuras concretas ou não, e quem sabe novos brinquedos.

É assim o movimento cíclico da vida. E o brinquedo? Onde ficou? Como esta? O que aconteceu com ele?

A sensação de ter sido um brinquedo esquecido na vida de alguém é cruel...



Dryca, 2012.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cristal





Cristal



Um dia um rapaz fascinado pelo brilho de um cristal o desejou pra si. Rondava, pensava como fazer para ter o cristal?


Ao se aproximar da pedra rara, sentiu medo do seu brilho, pois o cristal refletia exatamente a alma do rapaz.


Muito depressa ele fugiu só que na sua fuga repentina o cristal caiu.


Quebrou.


Um corte de um cristal pode ser profundo e jamais sarar, como pode ser fatal e de uma forma muito lenta matar.




Dryca, 2012.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Loba





Loba



Medo do meu olhar?

Se os meus olhos só querem te admirar...

Medo dos meus lábios?

Se os meus lábios só querem te beijar...

Medo das minhas garras?

Se minhas garras só querem te acariciar...

Medo de ser inteiro nos meus braços?

Se nos meus braços eu só quero te amar...


Já dizia o poeta, você não tem medo de mim, você tem medo é de você, você tem medo é de querer me amar...


Vem, eu não mordo,... Nhac...



Dryca, 2012

terça-feira, 31 de julho de 2012

Receita







Receita



Li isso outro dia e pensei profundamente no assunto, em vários momentos da minha vida fiquei me perguntando se sou romântica demais, idealista demais, ou me dou demais as pessoas a minha volta. Se existe alguém que pense igual, que queira igual, ou parecido. Se eu vou procurar, talvez, se vou encontrar, não sei. Pode ser que sim pode ser que não, mais uma coisa eu sei, só vale a pena amar assim...

Fica pra vocês a leitura pra que possam tirar suas próprias conclusões...


“Dentre as coisas mais verdadeiras que sempre leio e assino embaixo estão as concepções de que, quem ama cuida e quem quer, dá um jeito. Nisso, cabem cartas e e-mails pra encurtar distâncias, mensagens e telefonemas pra romper silêncios, e sempre que possível, encontros pra amenizar saudades. É isso.

A gente até pode perder o amigo de vista, mas há de se dar um jeitinho vez ou outra, que seja. Porque amizade é coisa que não se perde. Erros e tropeços também cabem aqui. Como em toda e qualquer relação humana. E cabe também o refazer. Para tanto, a importância que cada um faz e dá a nossa vida, ditará quem permanece. E pra isso, não há disfarces, não há desculpas, não há emoções genéricas que substituam o sentimento. Também não há receitas. Pra amizade verdadeira só há uma recomendação: depois de cativar, cultive." (Yohana Sanfer)”




Dryca, 2012

sábado, 21 de julho de 2012

Sobreviver







Sobreviver



Eu queria poder ignorar muita coisa ao meu redor e desligar a vida como desligo meu computador, esquecer os problemas e as dores que chegam ao meu peito de vez em quando. Sinto dores e dissabores agora, sinto frio de alma, o sorriso fugiu de mim a dias, as lágrimas insistem em rolar no meu rosto.

Tenho uma mulher inteira dentro de mim que estar sufocada pela sombra que me fere agora. Quero viver, quero sobreviver, só não sei como...




Dryca, 2012

sábado, 14 de julho de 2012

Eu vi você









Eu vi você



Desnudo de alma, exposto sem arma, homem revelado nos olhos que acalma.

Mistérios que te escondia e de mim afastava.

Hoje não te vejo, sinto e te desejo.

Nos teus olhos vejo o mar, límpido e tranquilo onde quero navegar.

Os meus sentimentos eu sei encontrar, sei sentir e sei guardar.

Basta sorri teu sorriso e o resto é amar.

Amor que mora em mim, e de mim quer transbordar.

Só nos teus braços eu sei ficar.



Dryca 2012

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Silenciar








Silenciar



O silêncio pode matar

Ou simplesmente calar a vontade de trucidar

Pode doer e machucar

Ou simplesmente sufocar quem silenciar

Talvez eu morra de dor

Talvez eu morra de amor

Mais só o silêncio pode compor

Aquilo que eu clamo num ardor

Essa dor inimiga

Que insiste em me invadir

Que insiste em me consumir



Dryca, 2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Vício






Vício



Sorri quando você chegou

Sem saber você me domou

Uma fera acuada eu me tornei

E nesses lençóis eu me embriaguei

Dependente dessa droga eu me tornei

Agora eu deliro sem parar

Tentando e insistindo dessa droga tomar

Alucinar nos teus beijos ate me fartar

Não posso arder em chamas nunca mais

Ou perderei meus poderes ancestrais

Que um dia alguém me ensinou

Jamais entregar o coração ao a um andarilho sonhador.




Dryca, 2012

domingo, 24 de junho de 2012

Meu caçador







Meu caçador


No desejo insano de ser caça
No delírio voraz que me passa
Fui mais que presa exposta e casta
Fui solta fera devassa


Sugaste meu fluido quente
Me destes fantasias ardentes
Gritos e gemidos inconsequentes
Vem meu caçador indecente!


Trêmula meu corpo espera
Tua invasão rígida e sincera
Na cama e nos lençóis sonhar
Brincar de guerra e me devorar


Num beijo espero sedenta
Provar teu corpo atenta
Cada centímetro sentir
Teu sexo inteiro a me possuir


Quanto mais ainda vou esperar
Rolo na cama de desejo
Imagino tua língua consumir meu medo
E assim perdida me encontrar
E inteiramente sua poder me entregar.




Dryca 2012